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AtualizadoQua, 15 Maio 2024 8pm

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Daichii Sankyo

 

2016

Europa enfrenta desigualdade no acesso à imunoterapia no tratamento do melanoma

FARMACOECONOMIA_ON6_NET_OK.jpgPesquisa apresentada na ESMO mostra que mais de 5 mil pacientes com melanoma metastático na Europa não têm acesso à imunoterapia. “Antes de 2011 não havia opções eficazes para o tratamento do melanoma metastático ou irressecável, mas isso tem mudado muito nos últimos anos. Agora, temos medicamentos que podem prolongar a sobrevida global desses pacientes em mais de 18 meses e respostas duráveis têm sido relatadas, com duração de até 10 anos. No entanto, o acesso a esses medicamentos é limitado e pacientes e médicos estão enfrentando dificuldades para obtê-los”, disse a oncologista Lidija Kandolf-Sekulovic, líder da investigação.

A pesquisa mostrou que na Europa Ocidental 70% dos pacientes foram tratados com medicamentos inovadores, enquanto na Europa Oriental, menos de 10% dos pacientes com melanoma metastático tiveram acesso à moderna imunoterapia recomendada pelas atuais diretrizes europeias.
 
De acordo com os resultados do estudo, cerca de 19.250 pacientes com melanoma metastático são tratados a cada ano na Europa, sendo aproximadamente 7.450 (39,7%) na Europa Oriental e no sudeste. Desse universo, 5.128 (69%) não têm acesso à terapia de primeira linha, ou seja, quase um terço de todos os pacientes europeus não têm acesso aos medicamentos inovadores para o tratamento do melanoma metastático ou irressecável.
 
"Nosso estudo levanta questões éticas sobre as desigualdades que afetam a sobrevida dos pacientes na Europa, com base no país de residência. Não é novidade que as disparidades na saúde podem levar a disparidades nas taxas de sobrevida global dos pacientes e essas desigualdades estão se tornando ainda mais profundas em cenários como o do melanoma metastático, onde respostas duráveis ​​podem ser vistas em até 20% dos pacientes tratados com medicamentos inovadores. São desigualdades que devem ser superadas nos sistemas de saúde europeus", argumentam os autores.
 
Para Alexander Eniu, do Comitê de Política Global da ESMO, ainda existem desigualdades inaceitáveis ​​ no acesso a novos e eficazes medicamentos para o tratamento do câncer em toda a Europa. Este estudo centra-se no melanoma, mas estudo realizado pelo Consórcio Europeu revela desigualdades no acesso a medicamentos antineoplásicos em toda a Europa, especialmente nos cânceres raros, em países com menor nível econômico”, apontou.
 
Referências:
 
1. Abstract 1389O_PR - More than 5000 patients with metastatic melanoma in Europe per year do not have access to the new life-saving drugs 
 
2. Diagnosis and treatment of melanoma. European consensus-based interdisciplinary guideline e Update 2016
 
3. ESMO European Consortium Study on the availability, out-of-pocket costs and accessibility of antineoplastic medicines in EuropeAnn Oncol (2016) 27 (8): 1423-1443. doi:10.1093/annonc/mdw213
 

 

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