Os primeiros resultados da maior comparação internacional do tratamento de pacientes idosos com câncer de mama mostraram que existem diferenças substanciais no uso da cirurgia, terapia hormonal e quimioterapia entre os países europeus.
Os primeiros resultados da maior comparação internacional do tratamento de pacientes idosos com câncer de mama mostraram que existem diferenças substanciais no uso da cirurgia, terapia hormonal e quimioterapia entre os países europeus.
Mais de 80% das 15 milhões de pessoas diagnosticadas com câncer em todo o mundo em 2015 vão precisar de cirurgia, mas menos de um quarto dos pacientes terá acesso a ela, revela estudo publicado no Lancet Oncology (vol 16, nº 11), apresentado na segunda feira, 28, no Congresso Europeu de Câncer, em Viena. A Comissão responsável pelo mapeamento apresentado na ESMO este ano demonstra que o acesso é pior em países de baixa renda, onde 95% dos pacientes com câncer não recebem cirurgia básica. No entanto, apesar deste déficit mundial no acesso à cirurgia, o tratamento cirúrgico não é visto pela comunidade internacional como um componente essencial no controle global do câncer.
Resultados de um estudo apresentado no Congresso Europeu de Câncer 2015 (ECC2015), em Viena, no sábado, 26 de setembro, representam uma ferramenta importante para compreender porque alguns cânceres de mama primários apresentam recidiva. Pesquisadores liderados por Lucy Yates, do Instituto Wellcome Trust Sanger, em Cambridge, descobriram que os fatores genéticos que levam o câncer de mama a recidivar são diferentes daqueles encontrados nos tumores que não recidivam. A descoberta pode permitir aos médicos identificar pacientes com alto risco de recidiva e alvejar os genes responsáveis pela recorrência, a fim de evitar o retorno da doença.
Segundo um estudo nacional de Taiwan, apresentado sábado, 26, no Congresso Europeu de Câncer 2015, em Viena, os pacientes com câncer de garganta podem ter maiores taxas de sobrevida se o seu tratamento inicial inclui a cirurgia. Os resultados da equipe do Koo Foundation Sun Yat-Sen Cancer Center, em Taipei mostraram que cinco anos após o diagnóstico, a cirurgia radical foi associada com benefícios de sobrevida global significativos entre os pacientes cujo câncer de garganta havia começado a se espalhar. No entanto, menos de metade dos pacientes do estudo receberam a cirurgia.
Estimativas apresentadas na sessão presidencial do Congresso Europeu de Câncer 2015 (ECC2015), em Viena, Áustria, indicam que até 2035 mais de 12 milhões de pacientes de câncer poderiam se beneficiar da radioterapia. Apesar disso, o acesso mundial à radioterapia é inaceitavelmente baixo - apenas 40% a 60% dos pacientes com câncer conseguem receber o tratamento. Os resultados estão entre os destaques do congresso europeu e foram publicados simultaneamente no The Lancet Oncology, (vol. 16, nº 10).
A incidência de câncer colorretal (CCR) entre pacientes jovens tem aumentado. Embora alguns dos novos casos possam ser explicados por fatores hereditários, a maioria surge espontaneamente. Agora, os investigadores descobriram que os tumores de câncer colorretal em pacientes mais jovens podem ser molecularmente distintos daqueles encontradas nos doentes mais idosos, e que estas diferenças estão relacionadas à maneira que os genes são ligados e desligados (epigenética) nos tumores. Tal descoberta pode levar a melhores opções de tratamento, específicas para esse grupo.
A imuno-oncologia continua sob os holofotes e também em Viena deve ser uma das estrelas desta ECCO-ESMO, com uma sessão especialmente dedicada ao tema, apresentada no domingo, 27 de setembro. Vários estudos são aguardados com expectativa, mas os trabalhos mais esperados estão reservados para as três “sessões presidenciais”, tradicionalmente o ponto alto da conferência europeia.
O Congresso Europeu de Câncer (ECC2015), organizado pela Sociedade Europeia de Oncologia Médica (ESMO), acontece entre os dias 25 e 29 de setembro, em Viena, Áustria. O congresso interdisciplinar mais importante para a oncologia na Europa será palco para algumas das principais pesquisas em câncer do mundo, da ciência básica ao atendimento clínico. Confira no Onconews a cobertura completa do evento.