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AtualizadoQua, 15 Maio 2024 8pm

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Daichii Sankyo

 

ASH 2015

Terapia combinada com idelalisib em leucemia linfocítica crônica

zelenetz_andrew.jpgUm estudo de fase III, randomizado, placebo-controlado, avaliou a eficácia de idelalisib adicionado à bendamustina (B) e rituximab (R), o tratamento padrão para pacientes com leucemia linfocítica crônica recidivado ou resistente ao tratamento. Os dados foram apresentados por Andrew D. Zelenetz (foto), do Memorial Sloan-Kettering Cancer Center, durante a sessão de Late-Breaking Abstracts na terça-feira, 8 de dezembro.

Idelalisib é um inibidor altamente seletivo para PI3K deltaaprovado em combinação com rituximab para o tratamento de pacientescom leucemia linfocítica crônica (LLC) recidivada e como tratamento de primeira linha em pacientes com deleção do 17p ou mutação no TP53 para os quais a quimio-imunoterapia é contra-indicada. 

Métodos 

Entre junho de 2012 e agosto de 2014, 416 pacientes foram inscritos. A análise interina ocorreu quando 75% do número total de 260 eventos planejados de progressão de LLC ou morte por qualquer causa tivessem ocorrido, com uma data de cut off de 15 de junho de 2015.
 
Os principais requisitos de elegibilidade incluíram terapêutica prévia contendo o analógico de purina orbendamustine (inelegível se refratários a bendamustina); tratamento prévio com um anticorpo anti-CD20; LLC em progressão no prazo de 36 meses após a conclusão da última terapia anterior; e aptidão para receber a terapia citotóxica.
 
Entre os participantes, 207 receberam 150 mg de idelalisib 150mgduas vezes ao dia mais BR (B=70 mg/m2 D1, D2 de cada ciclo; R=375 mg/m2 C1 e 500 mg/m2 C2-6), e 209 receberam placebo mais BR. Os pacientes receberam seis ciclos de 28 dias de tratamento até a progressão da doença ou toxicidade inaceitável.
 
A estratificação foi baseada na presença/ausência de deleção de 17p e/ou mutação de p53 (mut), região variável de cadeia pesada da imunoglobulina (IgVH)mutada/não mutada (análise efetuada por um laboratório central) e status da doença refratária (progressão de LLC <6 meses da conclusão da terapia prévia) vs recidiva (progressão da LLC ≥ 6 meses da conclusão da terapêutica prévia).
 
Tomografia computadorizada foi realizada a cada 12 semanas e avaliadas por uma comissão de revisão independente para a evidência de progressão da doença. Crossover não era permitido no momento da progressão. 

Resultados 

A análise interina pré-especificada revelou que a mediana de sobrevida livre de progressão, endpoint primário, foi de 23 meses no braço idelalisib em comparação com 11 meses no braço placebo ((hazard ratio 0,33; p-value 2,8 x 10-14; 95% CI 0.24, 0.45). Com base nesse resultado, o Comitê Independente de Monitoramento de Dados recomendou que o mascaramento do estudo fosse interrompido baseado em sua "eficácia esmagadora".
 
Além disso, houve uma melhoria estatisticamente significativa na sobrevida global, endpoint secundário, para os pacientes tratados no braço idelalisib mais BR comparado com o braço placebo mais BR.
 
O perfil de segurança de idelalisib mais BR foi consistente com estudos anteriores relatados. Os eventos adversos mais comuns de todos os graus com Idela + BR foram neutropenia e febre (63,3% vs 41,5%), e com a BR + placebo foram neutropenia e náuseas (53,6% vs 34,4%). Os tipos mais comuns de eventos adversos ≥3, respectivamente, foram neutropenia (59,9%) e neutropenia febril (20,3%); neutropenia (45,9%) e anemia (12%). Grau ≥3 diarreia com Idela + BR foi de 7,2% e BR + placebo foi de 1,9%. Incidência de pneumonite foi de 1,4% vs. 0%. Anormalidades das transaminases foram observados com maior frequência no braço idela + BR vs o braço BR + placebo.
 
O estudo sugere que idelalisib em combinação com BR proporciona melhores resultados para os pacientes do que BR isolado, reduzindo o risco de progressão da doença e de morte, aumentando a sobrevida livre de progressão e sobrevida global, e com um perfil de segurança consistente com o relatado em estudos anteriores. A adição de idela à BR também foi benéfica em pacientes sem deleção do 17p/TP53 mutado. Esta combinação é uma importante nova opção para pacientes com LLC recidivada ou resistente ao tratamento. ClinicalTrials.gov ID: NCT01569295.
 
Referência: Idelalisib Plus Bendamustine and Rituximab (BR) is Superior to BR Alone in Patients with Relapsed/Refractory Chronic Lymphocytic Leukemia: Results of a Phase III Randomized Double-Blind Placebo-Controlled Study [LBA-5]

 
 
 
 
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