Torben Plesner (foto), do Vejle Hospital, University of Southern Denmark, apresentou na sessão oral de segunda-feira, 7 de dezembro, um estudo de fase I/II de daratumumab em combinação com a terapia padrão do mieloma múltiplo, lenalidomida e dexametasona. Os pesquisadores procuraram avaliar se essa terapia de combinação é segura e eficaz para pacientes com doença recidivada ou resistente ao tratamento.
Daratumumab, a primeira terapia-alvo de anticorpos direcionada ao mieloma múltiplo, é um agente de uma nova classe de medicamentos, os anticorpos anti-CD38. Estas drogas primeiro se ligam à proteína CD38 expressa sobre a superfície de células de mieloma e células do sistema imunológico para, em seguida, enviar um sinal para matar a célula diretamente.
Trinta e dois pacientes receberam doses semanais de daratumumab em combinação com a terapia padrão durante os dois primeiros ciclos de tratamento de 28 dias e, em seguida, infusões quinzenais durante os próximos quatro ciclos, seguida por infusões uma vez por mês. Os pacientes receberam o tratamento até a progressão da doença ou toxicidade inaceitável.
Em outubro de 2015, 22 pacientes permaneciam em tratamento. Dez (3%) interromperam o tratamento devido à progressão da doença, eventos adversos ou decisão investigador. A taxa de resposta global foi de 81% e 63% tiveram resposta parcial muito boa ou melhor. A mediana de duração de resposta não foi atingida.
Os resultados do estudo sugerem que daratumumab é um tratamento seguro e eficaz para pacientes com mieloma múltiplo em recidiva ou resistente.
Referência: Daratumumab in Combination with Lenalidomide and Dexamethasone in Patients with Relapsed or Relapsed and Refractory Multiple Myeloma (RRMM): Updated Results of a Phase I/II Study (GEN503) [507]