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AtualizadoQua, 15 Maio 2024 8pm

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Daichii Sankyo

 

ASCO 2015

Daratumumab: resultados promissores em mieloma múltiplo

MM.jpgUm estudo clínico de fase II (LBA 8512) sugere que o daratumumab é eficaz como monoterapia em pacientes com mieloma múltiplo fortemente tratados. O ensaio considerou 106 pacientes que haviam progredido após, pelo menos, três tratamentos anteriores e os dados iniciais mostram que um em cada três pacientes respondeu a daratumumab, e a progressão da doença foi retardada em 3,7 meses em média.

A taxa de sobrevida global estimada em um ano foi de 65%.

Vânia Hungria aponta o daratumumab como um dos destaques nessa edição da ASCO. "Ele mostrou resultados como droga única para pacientes que já receberam tratamento e foram refratários a todas as linhas", diz. 

Apesar dos recentes avanços no tratamento, o mieloma múltiplo continua como patologia incurável e menos da metade dos pacientes sobrevivem cinco anos após o diagnóstico. É nesse cenário que os estudos com daratumumab são vistos com bastante otimismo. "Nossa esperança é que daratumumab vai ajudar a preencher uma necessidade clínica não satisfeita em pacientes que esgotaram as abordagens terapêuticas disponíveis", disse o principal autor do estudo, Saad Zafar Usmani, hematologista do Levine Cancer Institute. "A eficácia que estamos vendo é bastante impressionante para um ensaio clínico de mieloma múltiplo refratário, ainda mais quando consideramos que muitos pacientes já haviam sido submetidos a cinco ou mais linhas de tratamento", explicou.

Daratumumab é o primeiro anticorpo monoclonal desenvolvido para alvejar seletivamente a proteína CD 38, encontrada em níveis elevados na superfície de células de mieloma múltiplo. Este é o maior estudo a demonstrar a atividade de um anticorpo monoclonal como uma terapia independente para o mieloma múltiplo refratário.

O estudo selecionou 106 pacientes, todos refratários, após ter recebido em média cinco terapias anteriores, incluindo inibidores de proteassoma e imunomoduladores.
 
Após um período médio de acompanhamento de 9,4 meses, a taxa de resposta objetiva ao daratumumab foi de 29,2%, com três casos de remissão completa. As respostas foram duradouras, com média de 7,4 meses. Em geral, o tempo mediano até a progressão da doença foi de 3,7 meses, e a taxa de sobrevida global estimada no primeiro ano foi de 65%.
 
O perfil de segurança foi bastante tolerável. O principal efeito adverso de daratumumab foi a reação inicial à infusão, geralmente bem controlada. Outros efeitos colaterais incluíram fadiga (39,6%), anemia (33,0%), náusea (29,2%), trombocitopenia (25,5%), dor nas costas (22,6%), neutropenia (22,6%) e tosse (20,8 %).Em maio de 2013, o FDA concedeu a designação de terapia inovadora para daratumumab no tratamento de mieloma múltiplo, em pacientes que tenham recebido pelo menos três linhas anteriores de terapia. Esta designação ajuda a acelerar o processo de desenvolvimento e avaliação de medicamentos para tratar doenças graves ou potencialmente fatais.
 
Este estudo recebeu financiamento da Janssen Research & Development.
 
Referências: Phase II study of daratumumab (DARA) monotherapy in patients with ≥ 3 lines of prior therapy or double refractory multiple myeloma (MM): 54767414MMY2002 (Sirius). J Clin Oncol 33, 2015 (suppl; abstr LBA8512)
 

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