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AtualizadoQua, 15 Maio 2024 8pm

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Daichii Sankyo

 

3º Simpósio Oncoclínicas

Mutações detectáveis em câncer de pulmão: perspectivas e evidências

pulmao_quad_bx.jpgA compreensão molecular ganha importância crescente no câncer de pulmão. Atento a essa realidade, o 3º Simpósio Internacional do Grupo Oncoclínicas dedicou espaço à patologia pulmonar, em apresentação de Vera Capelozzi, professora associada do departamento de Patologia da Faculdade de Medicina da USP. A especialista sintetizou o que o cirurgião deve saber sobre a terapia-personalizada em câncer de pulmão, contextualizando um cenário de aceleradas transformações.

Vale lembrar que antes da classificação da OMS de 2004 não havia implicações terapêuticas que justificassem diferenciar os vários tipos histológicos de câncer de pulmão. Hoje, o cenário mudou.

Em 2009, a primeira publicação lançou as bases para a importância da diferenciação histológica. Em 2010, ensaio randomizado conduzido pelo grupo de pesquisa neozelandês confirmou a importância de diferenciar as neoplasias pulmonares e demonstrou que desfechos clínicos relevantes podem variar com o mesmo tratamento, de acordo com o tipo histológico. Foi um divisor de águas.

Em 2014, os resultados do estudo de Salomon e colaboradores, publicado no New England Journal of Medicine,demonstrou que as translocações do gene ALK foram associadas ao ganho de sobrevida com o uso de crizotinibe em primeira linha, na comparação com a quimioterapia padrão (mediana de 10,9 meses vs. 7,0 meses; hazard ratio 0,45; 95%CI, 0.35 to 0.60; P<0.001).

“Foi um marco na pesquisa translacional, que revolucionou a história natural do câncer do pulmão”, diz Vera. “Levou apenas três anos para identificar a mutação genética, trazer os primeiros dados de ensaios clínicos e obter a aprovação do FDA”.

Como saldo dessa nova era, a seleção molecular passou a assumir papel-chave na rotina diagnóstica do câncer de pulmão, com impacto direto na decisão clínica, e a avaliação de imuno-histoquímica ganhou relevo. “O presente e o futuro do tratamento é cada vez mais baseado em alvos específicos. O prognóstico do câncer de pulmão, que era sempre sombrio, vive grandes avanços na era da terapia personalizada”, concluiu a especialista.

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