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AtualizadoQua, 15 Maio 2024 8pm

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Daichii Sankyo

 

ESMO 2014

Nivolumabe comparado à quimioterapia padrão em melanoma avançado

Melanoma_2.jpgDados preliminares de um estudo de fase III apresentados no Congresso ESMO 2014 mostraram que o anticorpo monoclonal nivolumabe atinge taxas de resposta superiores e mais duradouras que a quimioterapia padrão em pacientes cujo melanoma progrediu após o tratamento com ipilimumabe. Nivolumabe é um anticorpo de uma classe de medicamentos chamados inibidores da checkpoint.

"Os pacientes com melanoma avançado previamente tratados têm opções limitadas", afirmou o principal investigador do estudo, Jeffrey Weber, diretor do Donald A. Adam Comprehensive Melanoma Research Center of Excellence, no Moffitt Cancer Centre, Tampa, Florida.

Neste primeiro estudo de fase III de nivolumabe entre pacientes de melanoma com progressão da doença após o tratamento com ipilimumabe, 405 pacientes com melanoma metastático irressecável foram randomizados em uma proporção de 2: 1, seja para nivolumabe intravenoso (3 mg/kg) ou para os regimes de quimioterapia de escolha do pesquisador: dacarbazina (1000 mg/m2), ou carboplatina AUC6 mais paclitaxel (175 mg/m2).

Os endpoints primários do estudo foram a taxa de resposta objetiva e a sobrevida global, mas os pesquisadores também estão observando o impacto do tratamento em objetivos secundários de segurança, sobrevida livre de progressão, qualidade de vida relacionada à saúde e expressão do ligante PD-L1.

Dados preliminares de um subgrupo de pacientes tratados com nivolumabe no ensaio aberto mostraram que o medicamento tem atividade clínica significativamente mais elevada, com uma taxa de resposta de 32%, bem como uma menor toxicidade em relação ao braço da quimioterapia de referência, que apresentou 11% de taxa de resposta.

O grupo nivolumabe também alcançou respostas mais duradouras ao tratamento em comparação com o grupo de quimioterapia, e houve uma incidência de 31% de efeitos adversos de alto grau relacionados com o tratamento no grupo de quimioterapia em comparação com apenas 9% de incidência no grupo de nivolumabe.

"Os dados impressionantes sobre a duração da resposta sugerem que haverá prolongamento significativo da sobrevida livre de progressão e sobrevida global quando a análise desses dados estiver mais consolidada", afirmou Weber."As diferenças na taxa de resposta e na toxicidade marcadamente favoreceram a utilização do anticorpo de bloqueio do PD-1 nivolumabe em comparação com os resultados observados com a quimioterapia em pacientes que falharam com o ipilimumabe", acrescentou.

Para o oncologista Antonio Carlos Buzaid, chefe geral do Centro Oncológico Antônio Ermírio de Moraes, os resultados reforçam a importância do bloqueio de checkpoints, que rapidamente se tornam parte central no arsenal contra o melanoma. “São opções cada vez mais eficazes e menos tóxicas que podem produzir respostas rápidas e duradouras, mesmo na doença avançada e de alto volume”, diz o especialista.

Referência: Abstract: LBA3_PR
A phase 3 randomized, open-labelstudyofnivolumab (anti-PD-1; BMS-936558, ONO-4538) versus investigator'schoicechemotherapy (ICC) in previouslytreatedadvanced melanoma

 



 

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