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AtualizadoQua, 15 Maio 2024 8pm

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ASCO 2014

Ibrutinib para leucemia linfocítica crônica - Estudo RESONATE

LLC_Net_OK.jpgDescobertas iniciais do estudo de fase III RESONATE indicam que ibrutinib produz respostas duradouras do tumor e melhora acentuada na sobrevida em comparação à terapia padrão ofatumumab para pacientes com leucemia linfocítica crônica (LLC) recidivada. Esta é a primeira vez que uma droga oral demonstra uma melhora da sobrevida em relação à terapia padrão em pacientes com recidiva de LLC. Tão importante quanto a sobrevida é o fato da terapia ter sido bem tolerada pelos pacientes, causando poucos efeitos adversos graves.

A LCC é a forma mais comum de leucemia em adultos. O tratamento padrão é quimio-imunoterapia, uma combinação de quimioterapia intensiva e um anticorpo como o rituximabe. No entanto, pacientes idosos, que representam a maioria dos pacientes com leucemia linfocítica crônica, muitas vezes não toleram a quimioterapia intensiva. Ofatumumab é uma opção alternativa para esses pacientes, mas estudos têm mostrado que é muito menos eficaz do que a quimioterapia intensiva.

"Com ibrutinib, cerca de 80% dos pacientes apresentaram remissão no período de um ano, o dobro do esperado com a terapia padrão", afirmou John Byrd, principal autor do estudo e professor de medicina na Ohio State University Comprehensive Cancer Center em Columbus, Ohio. "Embora o seguimento do estudo tenha sido curto, os dados definitivamente apoiam o uso de ibrutinib antes de qualquer outro neste cenário."

Ibrutinib foi aprovado em fevereiro deste ano pelo FDA para o tratamento de leucemia linfocítica crônica. A aprovação se deu por meio de processo de revisão acelerada, menos de cinco anos após entrar em ensaios clínicos de fase I.

No estudo, 391 pacientes com LCC recidivado/refratário ou linfoma linfocítico de pequenas células (LLPC), um subtipo de leucemia linfocítica crônica, que tinham progredido após duas ou mais terapias anteriores foram aleatoriamente designados para tratamento com ofatumumab ou ibrutinib. A média de idade dos pacientes foi de 67 anos, e 40% tinham mais de 70 anos.

Em um seguimento médio de 9,4 meses, as taxas de resposta foram significativamente maiores no braço ibrutinib em comparação com o braço ofatumumab (42% contra 4%). Um adicional de 20% dos pacientes tratados com ibrutinib tiveram uma resposta parcial com linfocitose persistente (aumento de glóbulos brancos). Ibrutinib foi associado a um risco 80% inferior de progressão da doença e um risco de morte 57% menor em comparação com o ofatumumab; as medianas de sobrevida global (SG) e sobrevida livre de progressão (SLP) não foram alcançadas. Ibrutinib também teve atividade elevada em dois grupos de pacientes de alto risco (deleções 17p e refratários a análogos de purina).

Com base nesses resultados iniciais impressionantes foi oferecida aos pacientes do braço ofatumumab a oportunidade de transferência para o braço ibrutinib para continuar o acompanhamento. De acordo com os pesquisadores, a expectativa é de uma mediana de sobrevida global de vários anos.

Em geral, tanto ibrutinib como ofatumumab foram bem tolerados. A diarréia, sangramento menor e fibrilação atrial foram mais comuns no braço ibrutinib, enquanto a neuropatia periférica foi mais comum no braço ofatumumab. O estudo aliviou as preocupações sobre problemas renais levantadas no estudo de fase II do ibrutinib.

"Este estudo de fase III em leucemia linfocítica crônica refratária ou recidivada confirma que ibrutinib, administrado via oral, tem eficácia significativa e é bem tolerado", disse Olatoyosi Odenike, especialista da ASCO. "Estes resultados fornecem uma nova opção de tratamento convincente para pacientes com leucemia linfocítica crônica, inclusive idosos, e vai mudar significativamente a prática clínica."

O estudo foi financiado pela Pharmacyclics.

 
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