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AtualizadoQua, 15 Maio 2024 8pm

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Daichii Sankyo

 

ASCO 2014

Seleção terapêutica e alvos moleculares

DNA_ASCO_2_OK.jpgA sessão educacional mais comentada na abertura da ASCO este ano enfoca as vias de sinalização e alvos terapêuticos, temas recorrentes em tempos de seleção genética e drogas alvo-moleculares.

Ao longo das últimas décadas, vias de sinalização e alvos específicos têm encontrado cada vez mais lugar na investigação e no tratamento do câncer. No entanto, em meio a tantos caminhos promissores, é preciso reconhecer que muitas questões ainda desafiam a terapia personalizada no tratamento oncológico.

Andrei Goga, da Universidade da Califórnia, que coordena a sessão na ASCO, lembra que a inibição ou regulação de um determinado alvo pode ter uma grande variedade de efeitos inesperados, ilustrando alguns dos tantos cenários que desafiam as pesquisas.

A via RAF, por exemplo, é bem conhecida, mas e as várias isoformas de RAF? “Tivemos alguns sucessos notáveis na segmentação do RAF, como é o caso do vemurafenib, inibidor usado para tratar o melanoma, mas estudos mais recentes têm demonstrado esse paradoxo, o que ajuda a explicar um pouco o mecanismo de resistência a essa terapia”, explica o especialista. Goga também lembra do oncogene Myc, um alvo importante, que aparece amplificado ou super-expresso em diferentes tipos de câncer, como os tumores de mama triplo-negativo, alguns tumores hepáticos e de pulmão. “É uma via teoricamente capaz de subsidiar alvos terapêuticos, mas inibi-la diretamente pode afetar inúmeros outros processos que controlam a expressão de centenas de genes”, acrescenta .

Enquanto alguns caminhos inspiram um olhar mais cauteloso, outros alimentam grande entusiasmo com promessas de aumentar a oferta de opções terapêuticas. O melhor exemplo dessa sessão educacional da ASCO 2014 é a inibição da enzima PARP, necessária para o reparo do DNA. Vários inibidores de PARP estão em fase final de estudos clínicos com pacientes com câncer de mama BRCA1 ou BRCA2, nas quais as vias de reparo de DNA têm se mostrado promissoras.

A autofagia e o PPP

Além do RAF e do oncogene Myc, as investigações que buscam compreender novas vias de sinalização e alvos terapêuticos têm também ampliado o conhecimento sobre o mecanismo de autofagia. "Em certos contextos, as células cancerosas vão realmente acelerar o processo de autofagia", diz Jayanta Debnath, da Universidade da Califórnia. A especialista apresenta este ano algumas das mais recentes pesquisas sobre o assunto. "Neste momento, biomarcadores estão sendo estudados para inibir a autofagia, principalmente através da inibição PPP ", conclui.

Exemplo disso são os antimaláricos, que conseguem regular a expressão de p53 e por sua vez inibem a PPP.

Em resumo, abordagens inovadoras ampliam caminhos e possibilidades terapêuticas

Referência: Educational Session - From Signaling Pathways to Therapeutics: What Are the Targets

 
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