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AtualizadoQua, 15 Maio 2024 8pm

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Daichii Sankyo

 

ASCO 2014

Obesidade e câncer de mama

Obesidade_ASCO_1.jpg"A obesidade aumenta substancialmente os níveis de estrogênio no sangue apenas em mulheres na pós-menopausa", disse Hongchao Pan, pesquisador da Universidade de Oxford, no Reino Unido. "Isso significa que nós não entendemos ainda os principais mecanismos biológicos pelos quais a obesidade afeta o prognóstico", acrescentou.

O estudo foi realizado por um grupo multicêntrico (Early Breast Cancer Trialists’ Collaborative Group - EBCTCG) e comparou os registros de 80 mil mulheres, que receberam o mesmo tratamento. O índice de massa corporal (IMC) foi utilizado para definir o peso normal, sobrepeso e obesidade (20-25, 25-30 e ≥ 30 kg/m2). Para avaliar os efeitos independentes do IMC sobre o prognóstico, os pesquisadores ajustaram os resultados para as características do tumor, como tamanho e propagação nodal, e para qualquer eventual diferença observada no curso do tratamento.

Entre os 20 mil pacientes na pré-menopausa com doença ER-positivo, a taxa de mortalidade por câncer de mama foi 34% em mulheres obesas do que em mulheres de peso normal. Isso significa que em mulheres mais jovens a obesidade traz um risco ampliado de mortalidade por câncer de mama. Em contraste, a obesidade teve pouco efeito sobre o resultado do câncer de mama entre as mulheres na pós-menopausa, independentemente do status do ER.

O estudo foi financiado pelo Cancer Research UK.

"Este estudo é parte do crescente corpo de evidências que mostram que os pacientes que são obesos geralmente têm pior prognóstico, neste caso as mulheres mais jovens com câncer de mama", explicou Clifford A. Hudis, presidente da ASCO.
 

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