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AtualizadoQua, 15 Maio 2024 8pm

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Daichii Sankyo

 

ASCO 2014

Drogas-alvo no câncer de pulmão não-pequenas células

CancroPulmao.jpgResultados de estudo de fase I de um novo inibidor de tirosina quinase seletivo para EGFR, o AZD9291, apontam para uma nova promessa de tratamento para pacientes com câncer de pulmão não-pequenas células (CPNPC) avançado com mutação do EGFR. O agente faz parte da terceira geração de inibidores de tirosina-quinase-EGFR e em modelos pré-clínicos se demonstrou eficaz nos pacientes com mutação T790 M resistentes ao tratamento padrão.

Cerca de 50% dos pacientes experimentaram diminuição do tumor. O novo agente funcionou particularmente bem em pacientes com a mutação T790M, responsável pela forma mais comum de resistência à terapia de EGFR.

"Não há atualmente nenhum tratamento padrão para pacientes com câncer de pulmão que apresentam progressão da doença após a terapia inicial com um inibidor da quinase EGFR", disse o principal autor do estudo, Pasi A. Janne, do Dana- Farber Cancer Institute e da Harvard Medical School, em Boston, MA.

"Embora ainda seja um pouco cedo, nosso estudo sugere que o AZD9291 pode se uma opção de terapia eficaz para esses pacientes, sem os efeitos colaterais dos inibidores do EGFR já existentes", declarou.
As mutações de EGFR são encontradas em 10% a15% dos pacientes caucasianos e em cerca de 40% dos doentes asiáticos com CPNPC. Muitos desses pacientes inicialmente respondem bem aos inibidores de EGFR aprovados, como erlotinib e afatinib, mas dentro de 10 a 14 meses tornam-se resistentes a esses agentes. Grande parte dessa resistência é associada ao desenvolvimento de uma outra mutação, a mutação T790M. A única terapia que é eficaz nesse subgrupo de pacientes combina dois inibidores de EGFR (afatinib e cetuximab), mas o perfil de toxicidade é ainda um limitador.

O estudo que é um dos destaques desta 50ª ASCO envolveu pacientes com CPNPC avançado com mutação EGFR, cuja doença progrediu após uma ou mais terapias de EGFR padrão. Foram selecionados 199 pacientes (62% do sexo feminino, média de idade 60 anos).

Os pacientes receberam diferentes doses de AZD9291. As respostas foram observadas em todos os níveis de dose e em todos os subgrupos, inclusive naqueles pacientes com metástases cerebrais. Os resultados mostram que 51% dos pacientes tiveram redução do tumor. Entre os 89 pacientes com mutação T790M confirmada, 64% responderam ao agente AZD9291 (IC 95%; 53%, 74%), contra 23% dos pacientes sem a presença da mutação (IC 95%, 12%, 39%).

Entre os efeitos adversos mais comuns (≥ 15%) estão diarreia (30%), erupção cutânea (24%) e náuseas (17%). Efeitos adversos graus 3/4 ocorreram em 16% dos pacientes. Seis pacientes (3%) tiveram redução da dose. Em conclusão, AZD9291 tem eficácia robusta e é bem tolerado em pacientes de CPNPC com resistência adquirida. Esta pesquisa foi apoiada pela Astra Zeneca. (Abstract 8009^)

Informações Ensaio clínico: NCT01802632.

Referência: Clinical activity of the mutant-selective EGFR inhibitor AZD9291 in patients (pts) with EGFR inhibitor–resistant non-small cell lung cancer (NSCLC) - http://abstracts.asco.org/144/AbstView_144_129721.html

 

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