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AtualizadoQua, 15 Maio 2024 8pm

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Drops de genômica

Entendendo o controle do ciclo celular pelas ciclinas

Murad 2019 bxEm mais um tópico da coluna ‘Drops de Genômica’, o oncologista André Murad (foto) explica o controle do ciclo celular pelas ciclinas. Confira.

Por André Marcio Murad*

O ciclo celular consiste em fases distintas, representadas de forma abreviada como G1, S, G2, M e C. O mesmo é regulado por um sistema de controle molecular. No ciclo celular, existem pontos de verificação chave onde os sinais moleculares operam. São os pontos de parada que devem ser ativados.

São reconhecidos três pontos de verificação – em G1, G2 e em M. No ponto de controle G2, se o sinal de 'vá em frente' for recebido, a célula passa para M e depois para C, por exemplo.

A substância de sinal de controle molecular no citoplasma das células são proteínas conhecidas como quinases e ciclinas.

Quinases ou cinases são enzimas que ativam ou inativam outras proteínas. As quinases estão presentes no citoplasma o tempo todo, embora às vezes em estado inativo. As quinases são ativadas por ciclinas específicas, por isso são chamadas de quinases dependentes de ciclina (CDKs).

As concentrações de ciclina no citoplasma mudam constantemente. À medida que a concentração de ciclinas aumenta, elas se combinam com moléculas de CDK para formar um complexo que funciona como um fator promotor de mitose (MPF).

Quando o MPF se acumula, ele desencadeia a condensação dos cromossomos, a fragmentação da membrana nuclear e, finalmente, a formação do fuso – ou seja, a mitose é ativada.

Na anáfase da mitose, começa a eliminação das ciclinas, embora as CDKs persistam no citoplasma. A concentração de diferentes ciclinas aumenta e diminui durante o ciclo celular, e há um nível limite de uma ciclina específica necessária para passar por cada ponto de controle do ciclo.

drops agosto ciclinasSistema de controle molecular do ciclo celular: o papel da quinase e das ciclinas no controle da mitose no ponto de checagem G2

*André Murad é diretor científico do Grupo Brasileiro de Oncologia de Precisão (GBOP), diretor clínico da Personal - Oncologia de Precisão e Personalizada, professor adjunto coordenador da Disciplina de Oncologia da Faculdade de Medicina da UFMG, e oncologista e oncogeneticista da CETTRO Oncologia (DF)
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