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AtualizadoQua, 15 Maio 2024 8pm

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Daichii Sankyo

 

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Novas fronteiras no tratamento do câncer de mama HER2+

Quais as novidades no tratamento do câncer de mama HER2 positivo, principalmente na doença metastática, e que impacto isso tem na hora de definir a melhor sequência terapêutica? Resultados apresentados no ASCO 2021 reforçam evidências e ajudam a amparar as decisões de tratamento.

Diferentes estratégias têm se concentrado em inibir a via de sinalização HER2 de forma mais eficaz, em um arsenal que inclui anticorpos anti-HER2, inibidores de tirosina-quinase e uma nova geração de conjugados anticorpo-droga. Combinações com inibidores de checkpoint imune, inibidores de CDK4 / 6 e inibidores de PI3K / AKT / mTOR também estão sendo avaliadas, com a promessa de expandir as opções terapêuticas.


TPEx é opção eficaz e segura no câncer de cabeça e pescoço avançado

Ensaio de Fase 2 que avaliou o regime de quimioterapia TPEx (docetaxel-platina-cetuximabe) em pacientes com carcinoma escamoso de cabeça e pescoço (HNSCC) recorrente ou metastático mostrou dados promissores, com sobrevida global mediana de 14,0 meses como primeira linha de tratamento. Agora, novo estudo publicado no Lancet Oncology comparou o regime TPEx com o esquema EXTREME (fluorouracil-platina-cetuximabe), com resultados que podem mudar a prática e reforçam o benefício de TPEx no tratamento de primeira linha do HNSCC recorrente ou metastático, como um regime com melhor perfil de segurança nessa população de pacientes.

Este ensaio multicêntrico, aberto, randomizado (GORTEC 2014-01 TPExtreme) contou com a participação de 68 centros na França, Espanha e Alemanha. Foram inscritos pacientes com carcinoma escamoso de cabeça e pescoço recorrente ou metastático confirmado histologicamente, com idade entre 18 e 70 anos, com bom status de desempenho (ECOG ≤1), clearence de creatinina ≥ 60 mL/min, não elegíveis para tratamento curativo e com pelo menos uma lesão mensurável (RECIST v 1.1).

Abemaciclibe, indicações e evidências na oncologia mamária

A chegada de abemaciclibe (Verzenius™, Eli Lilly) inaugura um novo capítulo no tratamento do câncer de mama avançado receptor hormonal positivo (RH+), HER2 negativo (HER2-), com taxas de resposta significativamente superiores comparadas ao tratamento endócrino isolado. Dados do perfil de segurança mostram que é possível gerenciar os eventos mais frequentes e relatórios de qualidade de vida sustentam o benefício de abemaciclibe, com evidências para guiar decisões de tratamento.1-5

Pacientes com câncer de mama RH+ HER2- recebem terapia endócrina como padrão de tratamento, mas inúmeras pesquisas procuram identificar agentes capazes de superar a resistência intrínseca ou adquirida a essas terapias. A chegada de abemaciclibe traz novas perspectivas para médicos e pacientes, mostrando benefício de sobrevida, com perfil de segurança manejável.6

Os primeiros dados de eficácia e segurança vieram do estudo MONARCH 2 (NCT02107703), ensaio randomizado, duplo-cego de Fase III que inscreveu 669 pacientes para avaliar abemaciclibe mais fulvestranto. O estudo demonstrou benefício significativo de sobrevida livre de progressão (hazard ratio, 0.553 95% CI, 0.449-0.681; P < 0,0001) em mulheres com câncer de mama avançado HR+ HER2- que progrediram dentro de 12 meses da terapia endócrina anterior, ou como tratamento de segunda linha em pacientes com doença metastática que receberam terapia endócrina na primeira linha. Nessa população, a mediana de SLP foi de 16,4 meses versus 9,3 meses.1

Cemiplimabe mostra benefício no carcinoma espinocelular metastático

O anti PD-1 cemiplimabe (Libtayo®, Sanofi) demonstrou benefício clínico significativo no tratamento do carcinoma espinocelular (CEC) em pacientes com doença avançada ou metastática1,2. Agora, artigo de Rischin, D et al. no Journal for Immunotherapy of Cancer3 traz nova análise avaliando a dose fixa de 350 mg por via intravenosa (IV) a cada 3 semanas (Q3W) em pacientes metastáticos, além de dados atualizados com a dose de 3 mg/kg IV a cada 2 semanas (Q2W). Os resultados mostram que cemiplimabe na dose fixa de 350 mg Q3W produziu atividade antitumoral robusta, projetando-se como um esquema mais conveniente para os pacientes e com menos risco de erro de dosagem ou desperdício de medicamento. Os dados de acompanhamento de longo prazo também demonstram a duração e a profundidade da resposta com cemiplimabe com base no peso do paciente, corroborando a atual base de evidências.

Novo paradigma no tratamento do carcinoma urotelial

Depois de trinta anos sem praticamente nenhum progresso, o tratamento do carcinoma urotelial avançado ou metastático vive mudanças sem precedentes, reconfigurando o cenário para médicos e pacientes. Como estratégia de manutenção na primeira linha de tratamento da doença irressecável localmente avançada ou metastática, a imunoterapia com avelumabe (Bavencio®) aumentou significativamente a sobrevida global, com 21,4 meses versus 14,3 meses, reduzindo em 31% o risco de morte. Os dados são do estudo randomizado de fase III JAVELIN Bladder 100 (NCT02603432)1, que demonstrou o maior benefício de sobrevida global observado até o momento no câncer urotelial localmente avançado ou metastático, com resultados que embasaram a aprovação das principais agências reguladoras mundiais2, entre elas a da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), conforme publicado no Diário Oficial da União no dia 28 de dezembro de 20203.

“JAVELIN Bladder 100 alcançou seu principal endpoint, demonstrando sobrevida global prolongada com avelumabe como manutenção de primeira linha em pacientes com carcinoma urotelial avançado ou metastático. Os benefícios foram observados em todos os pacientes, independentemente da expressão de PD-L1”, descreveram Powles, T et al. em artigo na New England Journal of Medicine4.

Nova opção de primeira linha no câncer renal avançado

Depois da aprovação do anti PD-L1 avelumabe (Bavencio®) em monoterapia para o tratamento de pacientes com carcinoma de células de Merkel metastático, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ampliou a indicação de avelumabe para o tratamento de pacientes adultos com carcinoma de células renais avançado (RCC), em associação com axitinibe1. A decisão da Anvisa foi anunciada em novembro de 2019 e é baseada nos resultados do JAVELIN RENAL 101, ensaio que demonstrou ganho significativo de sobrevida livre de progressão em pacientes que receberam avelumabe mais axitinibe como tratamento de primeira linha na doença avançada, independentemente da expressão de PD-L1.

Este estudo randomizado internacional de Fase III comparou avelumabe mais axitinibe com o inibidor de tirosina-quinase sunitinibe em pacientes com RCC avançado sem tratamento sistêmico prévio. Os resultados da análise interina foram reportados no New England Journal of Medicine, em artigo de Motzer et al.2, e mostram que avelumabe reduziu em 39% o risco de progressão ou morte em pacientes com PD-L1 ≥ 1% (HR 0,61; P <0,001).  A combinação com avelumabe também prolongou em mais de 5 meses a mediana de SLP na população geral, independentemente do status de PD-L1 (HR: 0,69; p<0,001), assim como duplicou a taxa de resposta.

“A maioria dos pacientes com diagnóstico de carcinoma renal tem componentes de células claras e apresenta anormalidades genéticas que levam à produção excessiva do fator de crescimento endotelial vascular (VEGF), fator-chave para a angiogênese”, descreve a publicação na NEJM. No entanto, Motzer et al. destacam que embora o TKI VEGFR sunitinibe seja um padrão de terapia de primeira linha para RCC avançado, muitos pacientes têm resistência ao uso de antiangiogênicos e progridem ao tratamento com esses medicamentos.

Mulheres em risco para Síndrome de Câncer de Mama e Ovário Hereditário: conhecendo o lado psicossocial

natalia campacci bxArtigo de Natalia Campacci (foto), enfermeira do Centro de Pesquisa em Oncologia Molecular do Hospital de Câncer de Barretos (Hospital de Amor) analisa, do ponto de vista psicossocial, mulheres em risco para Síndrome de Câncer de Mama e Ovário Hereditário que chegam pela primeira vez ao serviço de Oncogenética no momento pré-aconselhamento genético. A geneticista Edenir Inêz Palmero é autora sênior do trabalho.

Neoadjuvância em câncer de mama com receptores hormonais positivos e Her2 negativo, o que considerar na decisão clínica?

Pedro Moraes 3 bxPedro Moraes (foto), oncologista do Centro Paulista de Oncologia (CPO), do Grupo Oncoclínicas, e médico do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein, discute como o uso de neoadjuvância pode ajudar a selecionar melhor a terapia adjuvante no câncer de mama com receptores hormonais positivos HER2 negativo, de acordo com o tipo de resposta obtida na primeira fase do tratamento.

A terapia neoadjuvante melhora os resultados em pacientes com câncer de pâncreas ressecável?

raphael araujo bxO cirurgião oncológico Raphael Araújo (foto), médico da Escola Paulista de Medicina (Unifesp) e do Hospital Israelita Albert Einstein, é primeiro autor de artigo exclusivo que analisa se a terapia neoadjuvante melhora os resultados de sobrevida em pacientes com câncer de pâncreas ressecável. O trabalho conta com a colaboração da médica especialista em radioterapia Ana Carolina Pires de Rezende e do oncologista clínico Diogo Bugano.

Síndrome da compressão medular: uma breve revisão

Luiz Alberto Mattos NET OKEm mais um artigo da série sobre Emergências em Oncologia, o oncologista Luiz Alberto Mattos (foto), professor do Departamento de Medicina Clínica e chefe do Serviço de Oncologia do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco, e acadêmicos de medicina da instituição, abordam a síndrome da compressão medular. Confira.

Preservação de fertilidade em câncer de endométrio: como e para quem?

jesus carvalho NET OKEm artigo exclusivo, o ginecologista Jesus Paula Carvalho (foto), Professor Livre Docente da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e Chefe da Equipe de Ginecologia no Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP), discute preservação de fertilidade no câncer de endométrio.


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