Mieloma Múltiplo em tempos de otimismo

Hodgkin_lymphoma__1__mixed_cellulary_type_NET_OK.jpgPesquisas avançam e ampliam as opções terapêuticas. Novos tratamentos ainda não estão disponíveis para o paciente brasileiro. 2014 foi mais um ano de bons resultados para o tratamento de pacientes com mieloma múltiplo.
No cenário internacional, já foi aprovada a pomalidomida, que marca a terceira geração de imunomoduladores e foi reconhecida por agências como FDA e EMA. No Brasil, aguardamos ainda o registro da segunda geração, a lenalidomida.

Com as conclusões excelentes dos estudos clínicos fase III com carfilzomibe para pacientes recidivados, muitos estudos clínicos associando esta droga passam a ser desenvolvidos para esse perfil de pacientes. Exemplo é o estudo que compara carfilzomibe+melfalano+prednisona ao tratamento padrão bortezomibe+melfalano+prednisona, que acaba de concluir a etapa de recrutamento no Brasil, para pacientes recém-diagnosticados não elegíveis ao transplante. Esperamos para 2015 os resultados preliminares deste estudo tão importante.

O inibidor de proteassoma oral para tratamento de amiloidose já foi iniciado em 2014, com participação de centros brasileiros, e novos estudos em mieloma multiplo serão abertos em 2015.

Em 2014, o interesse pelos anticorpos monoclonais para tratamento de pacientes com mieloma multiplo foi muito discutido. Atualmente, há vários estudos com o daratumumab (anti-CD38). Assim, são enormes as expectativas de melhorar ainda mais o tratamento de pacientes com mieloma múltiplo em 2015.

Vânia Hungria
Grupo Brasileiro de Mieloma Múltiplo (GEBRAMM)